quarta-feira, 23 de abril de 2014



E você se sente perdido perante a imensidão da cidade, diante da poluição que se alastra...
As vozes, as pessoas correndo tentando ser alguém, tentando serem melhores;
Eu fico atordoada, perdida, escuto vozes e essas vozes dizem que ficará tudo bem, mas eu cansei de acreditar nisso, e penso que essas vozes não sabem de nada. E eu corro, corro pra longe delas, pra longe de mim, só que eu continuo parada, estagnada, tentando sorrir pra me encaixar; tentando fingir e sorrir, mas disso eu também já cansei.
Conviver com as pessoas é cansativo demais, é desgastante demais. Seus erros, seus defeitos, como se já não bastassem os meus próprios, como se já não bastasse a mim. Elas te olham, te julgam, nunca é suficiente, querem te derrubar, te ver pior e isso cansa.
Eu me perco em pensamentos, quero meu travesseiro, quero descansar. Na verdade eu queria controlar o mundo, fazer o que quero, na hora que quero, com as pessoas que quero. E quando eu não quiser nada, me isolar, ficar longe de tudo por minutos, horas, quem sabe dias...
E a fumaça da poluição me traz de volta à vida, me traz de volta ao mundo, às pessoas correndo da casa pro trabalho, do trabalho pra casa, e a vida se repete, as pessoas se repetem, eu me repito... tudo tão igual.
Um dia, quem sabe, a vida faça algum sentido.


Katty

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